domingo, 28 de julho de 2013

Associação Brasileira de Análise do Comportamento - ACBr

"Proposta escrita pelo Prof. Roosevelt Starling

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO – ACBr

Caros colegas,

Até a presente data, não temos uma representação social própria.

Este estado das coisas não foi, todavia, empecilho para que experimentássemos um extraordinário crescimento nas últimas décadas. Extraordinário não porque nosso número seja grande hoje, mas porque partimos de um número muito pequeno, exatamente daqueles poucos brilhantes e dedicados estudantes que, na década de 70, buscaram fora do nosso país sua primeira formação na Análise do Comportamento e no Behaviorismo Radical e que, pouco depois, trouxeram para o nosso país o saudoso Prof. Fred Keller, formando então o berço da nossa ciência no Brasil.

Sabemos que hoje nós, os interessados na Ciência do Comportamento, somos bem mais do que aqueles poucos pioneiros, mas o fato é que não sabemos ao certo quantos somos, não conhecemos ao certo nosso peso, não conhecemos ao certo nosso potencial e, assim, não conhecemos também a quais contingências deveríamos atentar, responder ou dispor para que possamos avançar na construção de um sólida representação analítico-comportamental no nosso país. Noutras palavras, ainda não conseguimos nos organizar e nos agregar para promovermos com especificidade o avanço da nossa ciência.

Nos últimos 22 anos temos nos abrigado na ABPMC, Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental, uma associação de vocação eclética, como indica a sua própria denominação e estatuto.

Vinte e dois anos é um tempo considerável. Neste período, assistimos colegas interessados noutros modelos, noutros quadros referenciais, desejarem formar suas próprias associações, na busca de condições mais específicas e mais propícias para o seu desenvolvimento. Tal foi o caso, por exemplo, dos colegas cognitivistas, que fundaram a SBTC. Boa parte de nós viu com aprovação este movimento, entendendo como justa a sua busca de uma identidade inequívoca e de uma representação própria, no momento em que tiveram o número suficiente de interessados para isso.

Alguns de nós acreditamos que este momento também chegou para nós. Temos agora o número suficiente e mais do que isso: acreditamos que precisamos, com rapidez, aproximar ainda mais os colegas da clínica analítico-comportamental, da pesquisa básica e aplicada e demais aplicações analítico-comportamentais no bojo de uma associação integralmente voltada para o estudo, promoção e disseminação da nossa matriz cultural. Pensamos também que, nas diversas instâncias e situações de interesse específico e especializado da nossa ciência, não nos ajuda adiar a constituição de uma representação social e que possa falar por todos nós com a legitimidade que decorre da asserção pública e clara das nossas singularidades enquanto comunidade verbal científica naturalística.

Estamos, assim, lançando o convite para a fundação da Associação Brasileira de Análise do Comportamento, ACBr, e convidando o/a colega vir caminhar conosco.

Criamos um grupo no Yahoogroups (http://tech.groups.yahoo.com/group/acbr_aba) com a finalidade única de registrar sua pré-adesão. Evidentemente, a pré-adesão em nada obriga àquele/a que a fizer. Somente confirma o seu interesse preliminar e nos autoriza, oportunamente, enviarmos uma comunicação convidando você a se informar melhor e formalizar a sua adesão, caso ainda seja do seu interesse.

Como registrar o seu interesse: simplesmente envie um e-mail em branco endereçado para: acbr_aba-subscribe@yahoogroups.com ou siga este link (por favor, observe o “underline”: acbr_aba...etc.). A seguir, o Yahoogroups lhe enviará um e-mail solicitando que confirme a sua inscrição. Para fazer isso, simplesmente clique em “responder” e envie. Pronto! Você receberá um e-mail avisando-o/a do seu registro e já será um membro (ou, neste caso, já terá expressado seu interesse). Por favor, verifique seu lixo eletrônico. O e-mail pedindo confirmação pode ter ido para lá. 

Siga o link e junte as suas forças às da sua comunidade verbal. Esperamos e desejamos ter você junto conosco.

Propomos os seguintes passos para operacionalizar o projeto:

- Mediante um pequeno número de pré-adesões, constituiremos uma comissão provisória composta de:

Um pesquisador básico

Um pesquisador aplicado

Um clínico analítico-comportamental

Um pesquisador de educação especial e autismo

Um representante estudantil (pós-graduação)

Esta comissão terá a missão de propor um estatuto preliminar e se dissolverá automaticamente a seguir.

- Este estatuto preliminar gerará uma proposta formal de adesão dos interessados.

Uma nota importante: como ficaria nossa relação com a ABPMC? Uma resposta definitiva a esta questão só poderá ser dada, por um lado, pelo corpo da ACBr ainda a ser constituído e, por outro, pela própria ABPMC. Da maneira como vemos, pertencer a uma associação não exclui pertencer a qualquer outra que se deseje. As especificidades se referem às práticas verbais e à ação profissional e não às pessoas; poliglotas existem e coexistem. O que preliminarmente desejaríamos seria uma associação irmã da ABPMC, que poderia perfeitamente, pensamos, realizar seu encontro anual no mesmo tempo e local da ABPMC, embora com programa paralelo. As demais ações da ACBr, no sentido de avançar para uma profissionalização própria e de assegurar sua representatividade social plena provavelmente seguirão caminhos próprios."


Segue o link do Yahoo Group: acbr_aba : Assoc. Bras. Análise do Comportamento tech.groups.yahoo.comacbr_aba: Assoc. Bras. Análise do Comportamento

É de extrema importância que todos os Analistas do Comportamento e Behavioristas Radicais brasileiros demonstrem seu interesse. Outro ponto importante, que muitos de nós pensamos, como o próprio amigo Alessandro do famoso blog Olhar Beheca, é que o Brasil precisa perder essa regra de que o Behaviorismo Radical é exclusivo a psicólogos. Existem engenheiros, arquitetos, designers, biólogos (William Baum, por exemplo), que são Behavioristas. O leque deve ser aberto, mas isso é uma discussão que não cabe a mim ainda. Não de maneira formal, pelo menos.

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